6/04/2009

Convite para tatuagem O LIVRO É O PROCESSO

Procura-se pessoa comum, de qualquer tamanho, de qualquer cor, gordo ou magro, feio ou bonito, feliz ou infeliz, macio ou grosseiro, tolerante ou ditador, afetuoso ou tímido, preguiçoso ou hiperativo, silencioso ou barulhento. Procura-se pessoa que não é comum, que se fabule através da imagem de si mesma. Que não possua medo algum de aceitar um convite para experiência puramente estética. Que se deixe ser narrado pelo livro e pela idéia de que o livro é o processo. Uma pessoa que não feche seu corpo, mas que se permita ser lido e interpretado por muitos, tal qual uma orgia, apenas no plano das idéias. Que tenha coragem para se permitir ir além da matéria ocupante de espaço e que transceda seu corpo ao elevá-lo a um caráter artístico. Que se deixe ser uma interface mediadora através do olhar do outro. O importante é ter coragem. O que importa é ter vontade de experimentar a escrita em si mesmo, que certamente se confunde com a escrita de si mesmo. Alguém que não tenha escrúpulos inibidores. Que se importe com o livro, sendo leitor ou não. Escritor ou aprendiz. Jornalista ou produtor. Professor ou aluno. São aceitos ignorantes, psicopatas, desempregados, com ou sem experiência. Não importa se é sua primeira marca. A marca será sua de qualquer forma.

Os progenitores desse projeto experimental convidam qualquer pessoa que queira ser tatuada com as palavras "O livro é o processo" na forma que o tatuado desejar fazer, no local em que quiser fazer, com a interferência que quiser, cometendo os atentados contra ou a favor do projeto que quiser. Estendemos o convite aos desavisados, aos descamisados, aos do PT ou do PSDB, a arte não tem partido. Seu coração não precisa estar partido, mas pode estar também. Aos carentes, aos amados, aos fortes e aos fracos. Aos gripados, seja gripe de porco ou de frango. Aos saudáveis, de mente ou ou apenas de corpo. Aos doentes, aos inquietos.

"Para todas as coisas, dicionário, para que fiquem prontas, paciência"

Para os leitores ou não. Para os pacientes e para os que esperam.
Ou seja, para todos.


Yve e Cind

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